Participam do treinamento 34 inscritos
A Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf), junto ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), deu início, na noite de quarta-feira (24), ao curso de capacitação do serviço Família Acolhedora, que continua nesta quinta (25) e encerra sexta-feira (26), no auditório do Creas, à rua Geraldo Ferreira, 2166, bairro Agenor de Carvalho.
A gerente do serviço Família Acolhedora, Magda de Sá, informou que essa é a primeira capacitação deste ano para novas famílias. "Para esta capacitação o serviço conta com 34 inscrições, e o objetivo é ampliar o banco de dados do serviço Família Acolhedora”, disse a gerente.
As famílias inscritas foram recepcionadas pela diretora de Proteção Social Especial (DPSE), Karla Feitosa, e a gerente do serviço Família Acolhedora, que deram boas-vindas e apresentaram a equipe que trabalha com acolhimento na Semasf e a equipe responsável pelo serviço Família Acolhedora.
FAMÍLIA ACOLHEDORA
São famílias voluntárias da comunidade que se cadastram por meio de um formulário, são capacitadas por meio do curso e finalmente são habilitadas por uma equipe técnica e permanecem acompanhadas por esta equipe para oferecer e garantir cuidados individualizados em ambiente familiar e afetuoso para crianças e/ou adolescentes que estão afastados do convívio familiar, por meio de medida protetiva (ECA, Art,101), devido a diversos fatores que impossibilitaram temporariamente a família de origem a cumprir sua função de cuidado e proteção. A prioridade é viabilizar o retorno da criança ao convívio com a família de origem ou, na impossibilidade, encaminhamento para a adoção.
Portanto, a Família Acolhedora não tem a intenção de substituir a família ou atrapalhar o processo de adoção. Pelo contrário, é um acolhimento provisório, enquanto equipes técnicas estão investindo no retorno familiar. Esgotadas todas as possibilidades, colaboram com o processo de adoção.
A Família Acolhedora é uma família que não tem a intenção de adotar, mas sim, colaborar temporariamente para dar um novo significado à vida de uma criança ou adolescente que estaria em um abrigo, garantindo atenção e afeto. Essa família passa por uma capacitação e é preparada por uma equipe técnica (psicólogo e assistente social) para lidar com o apego e desapego. O apego é necessário e garantia do vínculo entre a família e a criança, assim como o desapego, que também faz parte das experiências de vida ao qual todos são expostos.
Não apenas a Família Acolhedora, mas a criança e o adolescente são preparados para a experiência de apego e desapego. Um ponto significativo é que, muitas vezes, independente das violações, essas crianças e adolescentes sonham em retornar para suas famílias. Então, enquanto é oferecida toda a assistência social às famílias, para que possam receber de volta seus filhos, ou em último caso, seja decidido que o caminho é a adoção, eles estarão em convívio de uma família voluntária e preparada, uma Família Acolhedora.
Texto: Adaides Batista
Foto: Semasf
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)